sexta-feira, 30 de maio de 2008

Material adequado


O material deve ser adequado ao fotógrafo. Quer ao trabalho a que se destina, quer ao uso e abuso que o fotógrafo faz dele, quer ao tratamento que o fotógrafo lhe dá também.

Sou cuidadoso que baste com o meu material, sendo que presto especial atenção à limpeza do mesmo mas não sou muito cuidadoso no manuseamento que lhe dou. Por isso optar sempre por materiais pesados, robustos , bem construidos e que me dêm poucas ou nenhumas preocupações.

Quando muitas vezes estamos a capturar uma imagem ou a fazer determinado trabalho, concentramo-nos de tal forma na imagem que muitas vezes nem nos apercebemos de como tratamos o material. Isso acontece amiúde comigo, pois estando a imagem e captura em primeiro lugar, muitas vezes "esqueço-me" completamente da forma como manuseio as máquinas e os acessórios.

Por isso e pelo meu lado, ter de ter sempre componentes e acessórios que se coadunem com a minha forma "bruta" de estar na fotografia e o que é certo é que depois da escolha criteriosa que faço de cada componente - demoro muito tempo a optar pois que peso e torno a pesar todas as condicionantes, caracteristicas, performance  e " provavel resistência " do mesmo - nunca me arrependi das escolhas que fiz.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ou sai bem...ou não sai.


Uma das minhas frases preferidas na fotografia é que " um fotógrafo deve passar mais tempo atrás da sua máquina do que à frente do seu computador ".

No dia em que esta frase me veio à cabeça, estava longe de saber através dos tempos o quão certa a mesma está.

A fotografia é feita na máquina fotográfica e quanto mais bem feita ela ficar, menos tempo temos de passar atrás do computador, até porque os softwares, por muito bom que sejam não conseguem a partir de determinada fase da revelação digital, ultrapassar uma imagem que ficou má, especialmente - e a maior parte das vezes - no que toca a exposição.

Os softwares actuais têm uma série de ferramentas úteis, potentes e importantes que nos ajudam muitas vezes a encontrar o justo equilibrio nas imagens que revelamos. Só que esse mesmo equilibrio só é possivel de obter quando a imagem original é também equilibrada. Que adianta um software ter por exemplo "recuperação" de sombras ou luzes altas, se a informação contida na imagem original, não está lá ? Nao serve de nada e muitas vezes torna o resultado pior. Sou adepto da simplicidade e sobretudo de uma exposição cuidada quando capturamos a imagem.

Há uns dias fui parar a um local onde estava a ser exposta uma colecção de fotografias a cores -por sinal e no seu todo, bem conseguida - apesar do autor a meu ver "puxar" demasiado as cores no software. Se numas o efeito até que era agradável, noutras o exagero originou "posterizações" desnecessárias e que só o foram porque a imagem original " nao deixava " que se passassem os limites, apesar da teimosia do artista.

Resultado: algumas imagens não estavam de forma alguma capazes para terem sido impressas e muito menos expostas.

Portanto o que digo é que se tome atenção quando se tira a fotografia, de forma a que a mesma fique com um histograma equilibrado e consistente e resulte numa imagem equilibrada e agradável  de ser vista.

A fotografia conforme digo e repito, não tem segredos. Exige sim tempo e atenção.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Definição de manipulação de imagens - A Minha


Tema quente, este da manipulação da imagem, nos meios da fotografia digital.

Antigamente na fotografia analógica - e digo antigamente pois que a mesma está moribunda - um fotógrafo limitava-se - pelo menos eu - a tirar fotografias com diversas objectivas, filtros de cor - que no PB davam diferenças notaveis conforme o efeito que se desejava - usavam-se filmes diferentes, mesmo que com sensibilidades iguais, pois que o resultado final era diferente também e depois do filme revelado, limitava-me a usar papeis de diverso grau, quisesse eu mais ou menos contraste na imagem final...e não se passava disto.

Hoje a coisa pia de maneira diferente, pois que as possibilidades dadas pela era digital são imensas senão infinitas. Cabe aqui a cada um, definir a sua forma de estar na fotografia e até que ponto é que quer ou não "esticar" a sua imagem final. Conforme digo, uma boa fotografia nasce na nossa cabeça, passa à máquina fotográfica e acaba na "revelação e ampliação da imagem". Mas nasce sobretudo na nossa cabeça e se virmos bem, acaba também na nossa cabeça na altura em que "vimos" a fotografia.

No fundo a pergunta que se coloca é assim: " para determinada fotografia, o fotógrafo produziu-a com a sua técnica na máquina fotográfica ou com a sua técnica no sofware de edição ?"

Obviamente que para revelarmos digitalmente as nossas fotografias, necessitamos do software apropriado, sendo que e na minha visão, não serão manipuladas as imagens que:

- resultem de uma única exposição ou captura;
- tenham os ajustes comuns "em toda a imagem" relativamente a curvas, balanços de cor, focagem, dessaturação para preto e branco, etc;
- tenham artefactos de poeiras ou sujidades no sensor, apagadas no software;
- tenham ajustes de aberrações cromáticas e lineares

serão manipuladas as imagens que:

- resultem de diversas exposições ou fragmentos diversos de várias exposições;
- tenham correcções de perspectiva;
- ajustes comuns "só em parte da imagem".
 
Isto vale o que vale, mas é o que eu penso sobre a matéria.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Novas fotografias publicadas no site

Publiquei novas fotografias no site - 2 no album "Porto " e 7 no album "Pontas Soltas".

Não sendo fotografias novas - algumas são de 2003 - são fotografias que andavam aqui perdidas no computador.

No album Porto, uma vista da praia do Homem do Leme - photo 161 -  com a entrada do Porto de Leixões ao fundo - diz-me muito pois que naveguei neste mar durante muitos anos e guardo saudades imensas desses tempos -  e uma outra da Rua dos Caldeireiros - photo 160 - diferente de uma outra muito parecida - photo 156 . A diferença de uma para a outra , para além das máquinas em si, tem a ver com a perspectiva - na 161 ve-se melhor a Torre dos Clerigos - e a luz difere em muito, pois a 156 foi capturada perto do meio dia e a 161 por volta das 4 horas da tarde. Pessoalmente gosto das duas pois que bastante diferentes uma da outra, especialmente na luz capturada e por consequência...tudo muda.

No album Pontas Soltas, pois a 190, foi tirada perto de Trancoso. De um momento para o outro, e entrando mais para leste, as condições atmosféricas mudaram completamente para um dia cheio de sol, para o nevoeiro que se vê;  a 189, foi tirada em plena auto-estrada perto de Pedras Rubras; vi esta formação soberba de nuvens e parei o carro e nao resisti em tirar a fotografia; a 188 é um estudo feito a um "aplique" em casa do meu irmão, a 187 em Viana do Castelo à noite, a 186 um estudo feito na lareira de cá de casa, a 185 outra visão que tive numa estrada municipal perto de Mondim da Beira, a 184 e 183 um estudo feito aos globos de um candeeiro de tecto de casa do meu irmão, a 182 e 181, dois estudos realizados no Farol da Boa Nova em Leça e a 180 um estudo feito em Estremoz.

Espero que gostem

sábado, 3 de maio de 2008

Software - o que aconselho


Um dos aspectos em que os fotógrafos digitais mais se questionam é no software que podem e devem usar para a edição ou "revelação" das suas fotografias.

Como em tudo, penso firmemente que o software usado deve estar de acordo com as necessidades reais do fotógrafo, do tipo de fotografia que produz e sobretudo do grau de envolvimento que esse mesmo fotógrafo tem com a fotografia que faz. Para quê usar o Photoshop ou mesmo o Gimp, se o que se deseja é mesmo " dar um arranjo" às fotografias, ajustar niveis, cortar, redimensionar e publicar ? Não serve para nada. Aliás devo esclarecer outro ponto: o Photoshop e o Gimp NÃO SÃO programas especificamente direccionados para a fotografia , mas também para o design e produção gráfica.  Obviamente que se existe um programa tão forte quanto o Photoshop - o Gimp - e sendo grátis, fará eventualmente sentido utilizá-lo. Mas já lá chego.

Obviamente que os algoritmos de cada software, na forma como tratam as imagens, são diferentes e daquilo que experimentei - e acreditem que testei muitos programas de edição de fotografia - aqueles que recomendo de acordo com os graus de interesse fotográfico são os seguintes:

FastStone Image Viewer -
A minha preferência para navegar as minhas imagens no computador e inclusivamente categorizá-las.Este programa é como um "camaleão": tanto serve para a edição simples, como serve para navegar as imagens no nosso computador e outras tantas funções que oferece. Mas não se enganem quando digo edição simples, pois o programa é interessante em funções mais básicas de edição, não aceitando no entanto edição/criação de layers. Lê todo o tipo de imagens, inclusivamente imagens RAW dos diversos fabricantes de máquinas fotográficas. É direccionado aos principiantes mas devido ás suas capacidades "camaleónicas", pode muito bem servir outras necessidades junto dos fotógrafos mais interessados. O meu conselho é mesmo terem-no no vosso computador, pois para além de ser grátis, é "leve" no sistema; acreditem que vale a pena tê-lo instalado; outro similar e ainda com mais funções e capacidades é o XNView de que falo mais abaixo.

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: baixo.

Paint.net - Um programa grátis, direccionado para a fotografia digital e muito bom, que permite uma edição já razoavelmente avançada, autoriza a criação de layers e cujo interface é bastante simples e que segue as pisadas - de modo bastante mais despido mas também mais simples - do Photoshop. Penso que seja um excelente começo para quem quer começar a compreender e aprender a edição de imagens e porque é um programa essencialmente para fotografia digital, é um dos que recomendo para quem se queira iniciar nestas artes, nomeadamente os meus "alunos" dos workshops, pois que a nivel de fotografia digital é completo que baste...e muito mais. Aceita uma série de plug-ins proprietários e muito interessantes, alguns deles muito bem "escritos" e muito úteis. Tem também um plugin que lê imagens RAW , cuja edição é depois feita directamente no software - e sendo grátis...outro bom "investimento" para todos os fotógrafos, desde iniciantes a fotógrafos mais avançados, interessados e não só; excelentes capacidades e resultados finais. Um pouco lento por vezes mas nada de grave. É "updatado" regularmente o que é muito bom. Lentamente mas firmemente, começa a ser uma boa alternativa aos "grandes". Recomendado

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: baixo/médio.

Photoshop Lightroom - ora aqui está um programa 100% "dedicado" à fotografia, feito pela Adobe. Com um interface bastante apelativo - um dos
melhores layout que um programa de fotografia pode oferecer, com aspecto muito profissional - e com pontos de controlo de imagem muito úteis e interessantes, este programa prima pela rapidez e fluidez do trabalho. Não suporta layers - mas quem faz boa fotografia a partir da máquina fotográfica não precisa muito da edição/criação de layers,- mas esta opinião vale o que vale,sendo que por vezes os mesmos podem ser úteis, mesmo em edição básica de fotografia. Um bom programa, mas não é grátis, custa pouco mais de 300 euros; Recomendado

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: baixo/médio

Noiseware Professional - este programa é específico para a redução do ruido nas imagens. Tanto está disponivel como "standalone" como para plug-in "8BF" - Photoshop e outros programas que aceitem plug-in's 8BF. No que concerne os resultados, pois são surpreendentes; fornecido já com alguns algoritmos base, podemos consoante a imagem, criar os nossos próprios; programa não grátis; custo do package completo - standalone e plugin, versão profissional: pouco mais de 50 euros. Recomendado

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: baixo/médio

PTLens - outro programa - muito barato - que se dedica exclusivamente a corrigir aberrações de perspectiva das objectivas. Vendido como standalone e plugin 8BF, é aquilo a que eu chamo: indispensavel; custo: 10 euros. Recomendado

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: baixo

Genuine Fractals - plugin específico para usar unicamente com o Photoshop. Específico para quem quer ampliar e imprimir as suas imagens para tamanhos...bastante maiores que o original, sem perda de qualidade alguma. Muito útil como disse para quem, como eu, imprime o seu trabalho para publicação e exposições, em ampliações bastante maiores que os ficheiros originais. Preço: pouco mais de 100 euros. Recomendado para quem quiser imprimir imagens em tamanhos muito superiores ao "permitido" pelos ficheiros originais e que dependem dos sensores das máquinas.

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: baixo/médio

Photoshop - a "referência" mundial sem dúvida mas como disse acima, mais direccionado para os grafistas, criadores de web, etc. No entanto as suas capacidades ao nivel da fotografia digital são excelentes, e dizer o contrário seria estar a mentir. Caríssimo - a versão base custa mais de 800 euros - se o utilizarmos para a fotografia somente. O Lightroom - do mesmo fabricante e a pouco mais de 300 euros - seria a opção certa, ou o Photoshop Elements 6 - 65 euros - mas o Lightroom é mais completo e mais "fotográfico" que o Elements. Para mais, para se fazer uso total do Photoshop...é preciso tirar um curso; Uso-o essencialmente para usar os plugins da HP Pro printing e da Genuine Fractals, plugin's (8LI) que só trabalham através do Photoshop - o preço da fama . Ao preço a que está e atendendo a que é mais um programa gráfico do que de fotografia, não o posso recomendar, para mais tendo o Gimp como um forte opositor e sem qualquer custo. No entanto e repito, as suas capacidades fotográficas são excelentes. Muito rápido contudo, naquilo que faz.

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: médio/Alto

E agora, sobre os três softwares com que trabalho:

XNView -  Este foi talvez o primeiro programa que usei quando em 2001 me converti à imagem digital. E tem vindo a melhorar constantemente. É um visualizador multimédia, que importa e lê 400 tipos de ficheiros gráficos e exporta mais 50. Notável. Permite edição de imagens, lê todos os ficheiros RAW, tem diversos plugins interessantes, outros tantos add-ons , mais um sem numero de filtros e aceita plugins 8bf ( Photoshop ). Estar aqui a descrever todas as funções e capacidades do mesmo, era estar a escrever um longo texto. Rápido no que faz, leve no sistema, é um ajudante precioso para quem trabalha com muitas imagens e as quer visualizar e categorizar rapidamente, para depois as editar directamente nos programas de edição avançados. Um precioso complemento sem dúvida , um vencedor nato no seu género e se não for o melhor, é concerteza dos melhores. Obrigatório a meu ver.

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: Baixo

Gimp - Uma das minhas preferências e outra das minhas recomendações para quem se quer iniciar, apesar da aprendizagem do programa ser morosa - tipo Photoshop - mas tem também um excelente ficheiro de ajuda. Um programa poderosíssimo e...grátis. Inicialmente concebido para plataformas Linux, depressa nasceu a versão para o Windows. O problema é que grande parte dos fotógrafos mal o conhece ou mesmo experimentou. Confesso que a primeira vez que se trabalha com ele, sentimo-nos perdidos na " confusão " de janelas que o interface do programa abre, sendo este o principal defeito que se lhe aponta a nivel geral, mas depois e como em tudo na vida o hábito ultrapassa este senão, a coisa funciona e bem. Este é o "Photoshop dos pobres". Mas não se deixem enganar: o Gimp faz frente ao Photoshop, aliás é considerado a nivel mundial como sendo dos únicos programas que faz frente ao Photoshop nas suas principais vertentes - grafismo e fotografia . Faz tudo o que o Photoshop faz, se bem com denominações diferentes e de formas diferentes. Para além de vir muitissimo bem munido com imensas ferramentas quer para grafismo, quer para fotografia, tem também os seus plugins próprios que são muito eficazes e bem "programados" quer para fotografia quer para design gráfico e tudo isto...grátis também. Incrivel como se faz um programa destes grátis. Lê e salva um inumero tipo de ficheiros de imagem, *PSD incluido e o seu ficheiro nativo - *XCF - guarda os trabalhos que vamos fazendo com todos os seus layers. Este formato pode-se guardar sem compressão, ou com duas compressões "lossless" - BZ2 e GZ. Aceita certos plugins "8BF" - ( plugins para o Photoshop ) - mas alguns trabalham melhor que outros, mas visto que os seus próprios plugins são muito bons e fazem quase todos as mesmas coisas, está tudo dito. Sendo um programa grátis é a meu ver também um "must have" no computador de qualquer apaixonado da fotografia. Para ler e editar ficheiros RAW, tem de se instalar também o programa UFRaw dentro do proprio Gimp, o qual é um excelente leitor e editor de ficheiros RAW. Mesmo muito bom. Ah...e já disse que é grátis ? Muito bom e competente. O Gimp tem um único senão para já: só trabalha imagens de 8 bits por canal e não 16. Mas isto também se passa com outros,nomeadamente o Paint.Net. No entanto a nova versão 2.5, que sairá brevemente, já ultrapassa esta limitação. Mesmo assim, um excelente e poderoso editor da imagem fotográfica. Diria que trabalho com o Gimp a maior parte das vezes pois gosto imenso deste programa e dou-me bem a trabalhar com ele e os resultados são para mim muitissimo bons. É caso para perguntar: com o Gimp de borla , quem precisa do Photoshop, mesmo que "ilegalmente"? Muito Recomendado

Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso: médio/Alto

Nikon Capture NX - A minha outra preferência. Programa 100% dedicado para fotografia, da Nikon -produzido em parceria com a Nik Software - para trabalhar ficheiros raw "NEF" ( Nikon Electronic Format), JPEG'S E TIFF'S, no fundo os dois ficheiros mais utilizados em fotografia digital, juntamente com os ficheiros RAW. Começa a ser também referência no mundo do software de edição de fotografia digital.Programa inovador e muito poderoso, que utiliza a tecnologia "U-Point". No fundo podemos se quisermos e se for necessário - sobretudo para quem trabalha a cores - trabalhar diversas zonas da imagem sem aplicar "layers-masks". O LightZone - da Lightcrafts - faz a mesma coisa de modo diferente. Uso-o essencialmente para trabalhar os meus ficheiros RAW e especialmente quando trabalho a cores ( sendo que uso por vezes e também o UFRaw dentro do Gimp, com bons resultados ). É excelente mesmo, intuitivo e de fácil utilização e com ferramentas fotográficas de alto nivel e únicas. O porquê de usar quase sempre este programa para "revelar" os meus ficheiros RAW ( da Nikon ), explico abaixo. Uma das vantagens que este programa tem, é que pode ler JPEG'S e TIFF'S de qualquer origem e transformá-los em NEF, antes da edição. O ficheiro NEF não é destrutivo, o que como com qualquer ficheiro RAW é uma vantagem. Podemos depois editar em NEF o que quisermos, o programa guarda todos os estágios da edição que fizemos, e depois de guardarmos o NEF após a edição, salvamos a imagem em TIFF ou JPEG conforme necessitemos. Obviamente que ao trabalhar originais JPEG, estamos a trabalhar imagens de 8 bits por canal, mas mesmo assim, vale a pena. Assim é um programa bastante versátil que pode ser usado por qualquer pessoa que fotografe em JPEG, independentemente da marca de máquina fotográfica que use. Preço médio: 120 euros, o que e
tomando em consideração o poder fotográfico do mesmo, é uma pechincha.
Muito Recomendado para os possuidores de Nikons, mas não só.

Estou agora a testar o Nikon Capture NX2, que ainda é mais completo, com um interface e usabilidade bastante melhorados e ferramentas adicionais. Depois direi na altura propria como trabalha o "animal". O preço rondará na mesma os 120~150 euros para a versão "full" e o upgrade para quem tem a versão 1.xxx os 70 euros, que é o meu caso. Preço mais que justo e "confortável" para um programa que a meu ver é muito bom.


Grau de dificuldade de adaptação ao software e sua total exploração e uso:Médio

Um conselho a quem trabalha com ficheiros RAW: utilizem numa primeira fase o programa que vem geralmente distribuido com a vossa máquina fotográfica - caso a mesma resgiste em raw. Porquê ? Porque no fundo estão adaptados à própria máquina e sensor que a mesma usa e geralmente os softwares independentes - Photoshop's e outros, mas nao todos - não conseguem "interpretar" por inteiro o balanço de brancos, e curvais tonais específicas da máquina fotográfica. Isto é uma realidade certa e não é conversa da treta. Uma vez, um "colega" fotógrafo/cibernauta americano, escreveu-me a dizer que não conseguia reproduzir fielmente as cores que via nas imagens originais, depois de transformar os ficheiros RAW - no caso eram CR2 da Canon - no Photoshop. Perguntei-lhe se alguma vez tinha usado o programa proprietário da Canon. Disse-me que não e que ia experimentar. Resultado: nunca mais usou o Photoshop e o Adobe Camera Raw para trabalhar os ficheiros CR2. Quero aqui realçar no entanto e mais uma vez o UFRaw, que instalado no Gimp, faz um trabalho soberbo na leitura e edição de ficheiros RAW.

Outros programas de edição existem e com alaridos e confirmações de serem competentes, como é o AcDsee, Capture One, Corel Paintshop Pro, PhotoImpact, DXO Optics Pro, LightZone , e tantos outros mas só falo daquilo que experimentei e que uso ou usei.

Obviamente que aconselho sempre e numa primeira linha, programas gratuitos como o Pain.Net e sobretudo e sem qualquer hesitação o Gimp, pois são tão competentes quanto aqueles que se pagam e se calhar...até mais ( caso do Gimp ). A única excepção é sem dúvida o Capture NX, - e o seu sucessor, o NX2 - pois por aquilo que oferece, é praticamente de borla ,mas realmente mais direccionado para possuidores de camaras Nikon, como eu.